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Stab In The Dark: As 6 Pranchas Vencedoras

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Stab In The Dark: As 6 Pranchas Vencedoras

Neste artigo apresentaremos as 5 pranchas vencedoras do Stab In The Dark, desde a primeira edição em 2015 com Julian Wilson até a mais recente de 2019 com Mick Fanning, Dane Reynolds e Jordy Smith. 

Revista Stab

Todavia, primeiramente devo apresentar-lhes quem é a Stab. A revista eletrônica australiana Stab é bastante conhecida no meio do surf mundial. Seja por suas opiniões muitas vezes polêmicas, seja por suas matérias e entrevistas exclusivas, a Stab ganhou muita notoriedade nos últimos 5 anos. Acesse o site e siga-os nas redes sociais.

Inclusive, hoje pode-se dizer que é a Stab é um dos principais portais de surf do mundo, juntamente com os norte-americanos do Surfline. Certamente muito dessa popularidade está ligada à realização do Stab In The Dark.

Stab In The Dark

Iniciado em 2015, este programa basicamente coloca surfistas renomados para testar dezenas de pranchas dos principais shapers do mundo, às cegas. Ou seja, as pranchas são entregues ao surfista sem nenhuma marca, nenhum sinal que possa indicar quem é o fabricante. Dessa forma o atleta surfa com todas elas, em diferentes condições por vários dias. 

O principal objetivo inicial desse projeto era responder à eterna pergunta: é possível dizer que uma prancha é a melhor do mundo? Sabemos que a performance de uma prancha é subjetiva, no entanto, desta vez teríamos uma vencedora e saberíamos os motivos pelos quais a prancha campeã foi escolhida.

2015 – Julian Wilson

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Para a primeira edição foram convidados doze dos melhores shapers do mundo para cada um criar uma prancha 6’0” para um surfista do WCT (não especificado) de oitenta quilos. Alguns meses depois, Julian Wilson estava numa garagem no oeste australiano, abrindo duas embalagens cheias de pranchas novas, sem adesivos, sem marcas, nada identificável. Uma delas veio da Califórnia e outra direto de Sydney.

Ao final de alguns dias surfando as poderosas ondas de Western Australia, Julian já tinha seu veredito. Semanas mais tarde, na premiere do mini documentário gravado durantes os testes, ele ainda não sabia quem tinha feito a prancha vencedora, mas sabia que seria um daqueles foguetes que estavam pendurados na parede à sua frente. Posteriormente, quando o documentário foi chegando ao fim, a prancha escolhida por Julian foi anunciada: DHD, por Darren Handley.

A prancha em si não tinha exatamente um modelo específico naquele momento. Na verdade Darren usou um arquivo da DX1 baseado em outra prancha feita para Joel Parkinson e o adaptou para as medidas que acreditava serem ideais para o desafio da Stab. Após o sucesso da prancha vencedora do Stab In The Dark ela se tornou uma das favoritas da equipe de profissionais, principalmente de Jack Freestone. 

Após alguns ajustes veio a se tornar o modelo JF DX1, que é um modelo muito refinado, da mais alta performance. A DX1 é um bom exemplo de todos os elementos combinados em um, resultando em um balanço perfeito. O modelo vem com um single concave que fica ligeiramente mais fundo do meio até a rabeta. Shape plano combinado com um rocker suave e uma rabeta squash mais estreita. 

2016 – Dane Reynolds

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A segunda edição trouxe uma novidade importante, não mais listar as pranchas da melhor para a pior. Desta vez apenas as quatro melhores foram mencionadas e ao final Dane decretou a grande vencedora.

Para o talentoso californiano, a melhor prancha entre as treze testadas foi feita pelo shaper havaiano Jon Pyzel. Fato curioso que a prancha enviada por ele para a competição do ano anterior acabou não chegando a tempo, então esta foi sua primeira disputa de fato. A prancha vencedora foi fabricada inteiramente à mão, sem a ajuda de computadores e posteriormente veio a se tornar o modelo conhecido hoje como 74.

A 74 tem a curva de rocker média/alta, o que gera velocidade e drive, enquanto mantém a prancha solta e responsiva. Um fundo single concave que dá bastante projeção e mais drive. O deck é um pouco mais ¨flat¨ que dos outros modelos, o que adiciona um pouco de volume extra em direção às bordas (dando mais flutuação e poder de remada). Entretanto, a borda não deixa de ser baixa, para ser ainda bem responsiva. Feita para ter o melhor aproveitamento em beach breaks buraco, reefs ou até mesmo em points, a 74 não vai te decepcionar.

2017 – Jordy Smith

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Jon Pyzel é um nome relativamente recente no meio dos “gurus” do shape mundial, mas a cada ano que passa chega mais perto do topo.

A edição de 2017 da “Stab in the Dark” coube a Jordy Smith, um surfista que cresceu numa fábrica de pranchas e tem um conhecimento sobre o mundo dos shapes acima da média. Jordy chegou a quatro pranchas finalistas, depois de muitos testes nas Ilhas Mentawai. Entre elas estavam Bradley, Gee Force e JS. No entanto, a grande vencedora, para grande surpresa até de Smith, foi novamente uma Pyzel, provando que este shaper californiano radicado no Havaí está mesmo entre os melhores do mundo. 

O modelo vencedor dessa vez foi o Radius. A Radius é uma evolução da The Bastard, uma das principais pranchas da Pyzel. Tendo seu design refinado pelo shaper, em conjunto com John John Florence, ela é rápida e leve, possui rocker de rabeta mais acentuado e single concave, o que confere mais controle e facilita as manobras.

Certamente é uma das pranchas de mais alta performance da Pyzel, não sendo a melhor escolha para iniciantes. Porém, se você busca evoluir seu nível de surf, essa é a prancha que vai te ajudar muito nessa missão.

2018 – Mick Fanning

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A quarta edição da disputa contou com ninguém mais, ninguém menos que o tricampeão mundial de surf, Mick Fanning. Outra grande novidade desta vez foi que as pranchas teriam que ser todas fabricadas com uma combinação de materiais sustentáveis, diferentemente das pranchas tradicionais de PU. Resina e bloco epóxi sem longarina, mais algum tipo de componente tecnológico como fibra de carbono ou Innerga, por exemplo.. 

Inegavelmente, desta vez o desafio era ainda maior, visto que Mick havia tido muito pouco contato com pranchas epóxi em sua carreira. Foram testadas onze pranchas de shapers diferentes, em condições distintas de mar. Todas elas foram construídos com várias com certificação ecológica do Sustainable Surf, e cada uma delas foi pintada completamente de preto para que não fosse possível identificar nenhuma delas, evitando assim uma leitura tendenciosa por parte do atleta.

Após longos dias de surf, com altas ondas no Japão e algumas marolas na Califórnia e Austrália, Fanning decretou: a melhor prancha desta edição do Stab In The Dark foi o modelo Fever da Channel Islands, construída em tecnologia Spine-Tek, sobre a qual falaremos melhor em outra oportunidade. As medidas da prancha vencedora foram: 5’10” x 18 5/8″ x 2 5/16″ com volume de 26.4 litros.

2019 All Stars – Dane, Jordy e Mick (Julian não pôde participar)

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A mais recente edição trouxe três dos quatro pilotos de teste das edições anteriores. Dane, Jordy e Mick foram os responsáveis por testar as pranchas na quinta edição, chamada de All Stars. Infelizmente Julian não estava disponível e acabou ficando de fora.

Certamente, o maior desafio para realizar esta edição foi conseguir adequar os calendários dos três atletas para poderem estar juntos por uma semana a fim de testar as seis pranchas participantes e gravar o programa. 

Quando finalmente conseguiram reunir-se na África do Sul, depois de algum atraso na chegada das pranchas, todos puderam testá-las em excelentes ondas e, como esperado, não houve unanimidade, tendo sido escolhidas duas pranchas entre os três participantes. 

Sistema De Pontuação

Cada surfista tinha seis pranchas. Das seis, eles escolheram as três melhores. A pontuação foi assim: primeiro lugar = três pontos, segundo = dois pontos e terceiro = um ponto. Ao final, a prancha vencedora, tendo sido escolhida por Mick e Dane foi o modelo Driver 2.0 da Lost (Mayhem). A escolhida por Jordy foi a prancha enviada pelo australiano JS. Na soma dos pontos a grande vencedora foi mesmo a Lost shapeada por Matt Biolos. 

A Driver 2.0 é a evolução contínua da prancha de performance mais popular e provada da Lost. Desenvolvida com feedback direto e refinamento proveniente de testes rigorosos com os melhores atletas do time da Lost, especificamente Kolohe Andino, Griffin Colapinto, Clarissa Moore e Caroline Marks. 

Inegavelmente, a Driver 2.0 é o reflexo direto da demanda do time para atender a performance de elite mundial. Nos últimos dois anos, desde a última versão da Driver (2017), ela tem sido atualizada quase que mensalmente: pequenos refinamentos e detalhes para estar alinhada ao desenvolvimento do surf de performance moderno. Foram fabricadas literalmente centenas de Drivers para o Kolohe e o Griffin, com ajustes suaves e refinamento contínuo. A boa notícia é que essa é a evolução também beneficiou o surfista do dia-a-dia.

Acesse nosso site e conheça mais sobre todos os modelos vencedores nos links abaixo:

2015 – DHD JF DX1

2016 – Pyzel 74

2017 – Pyzel Radius

2018 – Al Merrick Fever

2019 – Mayhem Lost Driver 2.0

Assista abaixo ao trailer do Stab In The Dark All-Stars:

2021 – Taj Burrow

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Atualizando o artigo, aproveitamos para inserir o mais recente teste, lançado no ano de 2021. O piloto da vez foi o fenomenal surfista Taj Burrow, que apesar de aposentado, ainda mostra um surf gigante que, com um pouco de treino e preparo físico, poderia figurar entre os top 10 do mundo.

Taj recebeu 13 pranchas em sua casa, em Yallingup, WA, e as testou por ali mesmo. A ideia inicial do projeto era levar Taj e seu quiver para as Maldivas, que estavam abertas durante a pandemia. Entretanto, com as super rígidas normas sanitárias impostas pelo governo australiano, seria complicado para Taj voltar para casa, então decidiram rodar por ali mesmo.

Para quem conhece a região, sabe que as ondas por ali são bem mais fortes e poderosas que nas Maldivas, e quando assistimos aos episódios percebemos que as pranchas estavam realmente com pouco volume e um pouco inseguras na maiorias das condições. Mas Taj, com sua habilidade e conhecimento das ondas, se adaptou rapidamente e tirou o melhor das pranchas.

Vale ressaltar que o formato do programa dessa vez foi diferente. Ao invés de um episódio longo de 40 minutos, a Stab decidiu dividir em 4 mais curtos, entre 15 e 20 minutos. Um acerto enorme, pois além de deixar a coisa mais dinâmica e menos cansativa, isso criou uma expectativa enorme para o lançamento dos episódios seguintes, uma semana depois, sempre às sextas-feiras.

Isto posto, recomendamos fortemente que você assine a Stab e assista ao programa todo. Dessa forma, vamos direto ao assunto da ganhadora, sem entrar em detalhes sobre as demais finalistas e em como elas foram escolhidas.

Para a surpresa de alguns, um shaper brasileiro foi o vencedor dessa sexta edição. Márcio Zouvi, da Sharp Eye, radicado na Califórnia há mais de 30 anos, foi o grande campeão. Ele enviou para o Taj uma prancha que já faz muito sucesso com seus atletas e também com surfistas amadores de nível avançado. A Disco Inferno, uma das preferidas de Filipe Toledo e Miguel Pupo, foi a escolhida por Taj como a melhor prancha entre as 13 testadas.

Sem dúvidas era perceptível que a prancha estava andando muito sob os pés do australiano, sendo muito arisca e ágil nas manobras e conectando seções com extrema velocidade e fluidez. Taj realmente apresentou um surf de alta performance e se encaixou perfeitamente com este modelo.

Se quiser saber mais sobre esta prancha, acesse nosso artigo exclusivo de análise da Disco Inferno e garanta a sua. Temos vários tamanhos disponíveis em pronta entrega.

1 thoughts on “Stab In The Dark: As 6 Pranchas Vencedoras

  1. Rafael Hipolito says:

    Bom dia?
    Galera sem dúvida, que esses modelos de prancha são os melhores do mundo na minha opinião., a tecnologia que são utilizadas nesses foguetes , de ponte .
    Sem contar a história de cada Shaper pra chegar neste nível.
    Eu pego onda já uns 20 anos sempre surfei com pranchas nacionais ., uma vez peguei a prancha de um brother era uma all Merrick, na remada já percebi a diferença da prancha realmente é uma prancha muito top queria muito uma dessa.
    Meu surfe iria evoluir muito.

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