Conheça As Novas Tecnologias Das Pranchas Epóxi
Hoje queremos que você conheça as novas tecnologias das pranchas epóxi, ou melhor, EPS. Mas primeiro de tudo devemos explicar o que é Epóxi, EPS, PU, entre outros termos muito utilizados no mercado das pranchas de surf hoje em dia.
EPS
O termo Epóxi se refere à resina usada para laminar as pranchas fabricadas em blocos de isopor, o EPS. Sendo assim, o bloco de EPS (poliestireno expandido) é usado em conjunto com a resina Epóxi. De fato esta construção é geralmente mais leve e resistente do que a construção em PU/Poliéster tradicional.
Inegavelmente esta construção tende a ser também mais flexível do que as pranchas em PU. Portanto, devido ao seu padrão de flexão mais rápido e espuma menos densa, esta flexibilidade pode ser considerada menos previsível e consistente em baixo do pé durante o surf. Igualmente, o bloco em EPS tem mais resistência para criar amassados nas áreas onde ficam os pés do surfista. Entretanto, são mais sensíveis ao calor, em especial se deixadas em local de muito calor ou expostas diretamente ao sol por longo tempo. Com isso correm mais risco de o bloco regredir e a prancha ter perda total.
EPS Com e Sem Longarina
A longarina é a linha de madeira que acompanha o centro da prancha, ela serve para acrescentar força e rigidez. Todas as pranchas de PU já vem com longarina, porém os blocos em EPS tem a opção de terem ou não a longarina. Sobretudo, no caso de um bloco sem longarina, é necessário adicionar fitas de fibra de carbono para compensar a falta de força e rigidez.
Certamente uma prancha sem longarina é mais leve e possui muito mais flexibilidade do que uma com. Todavia, para evitar que a prancha fique flexível demais, geralmente são adicionadas fitas de carbono para acrescentar rigidez em áreas estratégicas da prancha.
Algumas Diferenças Da Epóxi
A fabricação de pranchas com bloco de EPS é uma tecnologia introduzida mais recentemente no esporte. A diferença na matéria prima do bloco, onde a célula de espuma é mais aberta, resulta numa prancha mais leve do que as de PU, com maior flexibilidade e flutuação, e menor tempo de resposta.
Indiscutivelmente as pranchas de EPS permitem muita velocidade inicial, rápida resposta de manobras e excelente durabilidade. A maior flutuação dos materiais também facilita a fabricação de pranchas com menor tamanho. A principal diferença com o PU é que as pranchas de EPS atingem seu melhor desempenho em condições do mar mais restritas, lisos e com pouco ou nenhum vento. São recomendadas principalmente para ondas até um metro e meio.
Algumas Tecnologias Atuais De Grandes Fabricantes
Sendo assim, vamos apresentar algumas tecnologias em EPS muito usadas hoje em dia por algumas das principais marcas do mundo. Leia com atenção e procure nossos consultores para tirar suas dúvidas e encomendar sua preferida na tecnologia desejada.
Spine Tek – Al Merrick
É a mais inovadora tecnologia desenvolvida pela Channel Islands Surfboards by Al Merrick e a Shaper Australia. A Spine-Tek é uma longarina de precisão de carbono, utilizando um composto único que mistura fibra de vidro e resina.
Ela é vantajosamente compatível com poliuretano, poliéster, poliestireno e Epóxi. A tecnologia foi projetada através dos princípios da energia elástica para fazer a prancha flexionar sob pressão e, em seguida, retornar a sua posição natural inicial, garantindo assim maior vivacidade e sensibilidade nas respostas.
A Spine-Tek é a tecnologia com maior resistência, durabilidade e desempenho desenvolvida até o momento para as pranchas Channel Islands. Com um peso menor que 130 gramas, a Spine-Tek substitui as tradicionais longarinas de madeira. Instalada no deck, a placa da Spine-Tek carrega a energia da prancha e responde exponencialmente com maior drive, velocidade de reação e fluidez. Spine-Tek está disponível em todos os modelos das pranchas CI sob encomenda.
Epoxi Core – DHD
Diferentemente do sistema tradicional de fabricação de pranchas, composto por resina de poliéster e espuma de poliuretano, o sistema de produção EPS CORE é feito a partir da composição da resina Epóxi com EPS e o fechamento com tecido de fibra de vidro e fibra de carbono.
Esta prancha é feita inteiramente com resina nanopoxy, de altíssima transparência e maior resistência mecânica à compressão do que a resina de poliéster, conferindo maior qualidade ao revestimento. A base da prancha em EPS é composta por EPS moldado de alta densidade com 32 Kg/m³, super branco e de baixa compressibilidade, ou seja, amassa menos.
Esta prancha não tem longarina e o reforço longitudinal é feito com fitas de fibra de carbono, tornando a prancha mais flexível, leve e mais adequada ao uso em ondas médias e pequenas. Esta tecnologia ainda não é produzida no Brasil, mas você pode também escolher ter uma DHD em EPS com longarina, resina Epóxi e fibras de carbono.
Carbon Wrap – Lost
O Carbon Wrap foi inventado por Daniel McDonald da DMS Surfboards. A tecnologia então foi patenteada e licenciada exclusivamente para Matt Biolos – shaper da Lost Mayhem.
A construção de uma Carbon Wrap é composta por três elementos: bloco em EPS sem longarina, resina epóxi e duas fitas de carbono unidirecional, o que atribui muita leveza, flexibilidade e resistência para a prancha.
De acordo com o próprio fabricante, essa tecnologia permite o surfista gerar velocidade na onda de maneira impressionante – praticamente “estilingando” a prancha quando pressionada.
Fitas De Carbono São O Diferencial
O bloco de EPS ultraleve é envolvidos em um exoesqueleto de faixas de fibra de carbono estrategicamente posicionadas. Alinhadas junto ao bico, elas gradualmente se curvam em direção às bordas. A curva cria e controla uma flexão “torcional” única que se intensifica à medida que se aproxima da rabeta, logo em frente às quilhas.
Sendo assim, este método exclusivo cria a flexibilidade dinâmica do Carbon Wrap, que carrega energia na cavada e a libera na manobra. Dessa forma, o resultado é muita velocidade e tração.
Correndo ao longo das bordas, no fundo, o carbono atua como um ponto de força do pé traseiro (aumentando a tração e o controle). Por fim, é usada uma resina de Epóxi brilhante nas pranchas, as quais são laminadas com fibra de vidro exclusiva (X-Glass) e fibra de carbono no centro. A X-Glass de 45 graus acrescenta força de impacto longitudinal à prancha, com pouco peso e auxilia na flexibilidade. Isso erradia a pressão do pé para fora, em direção à borda, o que vai possibilitar um controle de borda melhor.
Sucesso Desde O Lançamento
Desde o lançamento das Carbon Wrap na Califórnia, a tecnologia vem colecionando elogios dos compradores pelo mundo inteiro. A prancha é super leve, mas bastante resistente. Tem um drive incrível e possibilita um efeito único de aceleração relâmpago que vai levar o seu Surf para um outro nível de performance.
A Lost do Brasil seguiu à risca toda a metodologia de produção e utiliza alguns componentes importados da Lost americana para construção da prancha por aqui. O resultado é que a tecnologia Carbon Wrap no Brasil ficou incrivelmente fiel à original e rendeu muitos elogios da matriz.