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Começou A Temporada 2020 Da WSL

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Começou A Temporada 2020 Da WSL 

A temporada de 2020 da WSL começou cedo neste ano. Já tivemos três etapas de nível 5000 pontos no QS masculino apenas no mês de janeiro. Certamente será mais um ano alucinante no circuito mundial, com brasileiros na briga por títulos do início ao fim.

Corona Open China

A primeira etapa da divisão de acesso foi realizada logo nos primeiros dias do ano. Seja pelas datas, seja pelo local, é certo que poucos atletas considerados tops do QS foram até a Ilha Hainan para a disputa do Corona Open China. 

Campeão Em Ascensão 

Dessa forma, não seria surpresa se algum surfista “azarão” fosse o vencedor, e o foi exatamente o que aconteceu. O japonês Shun Murakami surfou muito bem durante todo o campeonato, derrotando o havaiano ex-top do CT Keanu Asing. Este resultado consolida Shun como o segundo principal surfista da Terra do Sol Nascente. Com excelentes resultados em 2019 e a classificação para as Olimpíadas de Tókio, Murakami já divide as atenções na mídia local com seu compatriota Kanoa Igarashi. 

Poucos Medalhões

Além do havaiano Asing, outros ex-tops do CT que disputaram esta etapa foram o californiano Patrick Gudauskas e o francês Joan Duru, recém saído da elite mundial. Gudauskas foi até a semifinal, onde foi derrotado por Keanu. Com este resultado, Pat acumulou importantes 3.250 pontos.

Em contrapartida, Duru acabou sendo eliminado precocemente da competição, ainda no terceiro round. Com a décima sétima colocação, Duru recebeu 1000 pontos no ranking de acesso. De fato o francês terá que buscar melhores performances para retornar à elite em 2021.

Destaques 

Outros destaques deste evento foram o surfista da Indonésia Rio Waida, o qual terminou na terceira colocação e o peruano Lucca Mesinas, que vive grande fase parece ter muito potencial para ser o primeiro surfista do Peru a se qualificar para o CT masculino. Lucca ficou na quinta posição e levou importantíssimos 2.500 pontos para o ranking. 

Sem Brasucas

Surpreendentemente não tivemos nenhum surfista brasileiro competindo na China. O mais perto disso foi a participação do Balinês, filho de brasileiro, Kian Martin. Kian compete atualmente pela Suécia, por conta da nacionalidade de sua mãe. Martin sempre se destacou nas categorias de base como um dos melhores do mundo na sua geração, todavia a transição para a carreira profissional não é fácil e leva tempo. O sueco infelizmente acabou ficando na primeira fase da competição.   

Campeã Costarricense

Pela categoria feminina do Corona Open China, a grande campeã foi a surfista da Costa Rica e top do CT, Brisa Hennessy. Brisa dominou as ações desde o início e mostra que vem forte para incomodar na elite do surf neste ano. Na final, Hennessy derrotou a francesa Vahine Fierro por apenas quatorze décimos, 12.00 x 11.86. 

Japonesas Chegam Junto

Entre as mulheres, destaque novamente para o Japão. Duas atletas japonesas terminaram na terceira colocação, perdendo na semifinal. Hinako Kurokawa e Minami Nonaka somaram 3.250 pontos cada e começaram a temporada prometendo brigar por uma vaga entre as top 6 do QS ao final do ano, garantindo assim passaporte para a elite em 2021.

Altas Ondas No Marrocos

A segunda etapa valendo cinco mil pontos da temporada foi realizada no Marrocos. Mais precisamente nas perfeitas ondas de Anchor Point. O Pro Taghazout Bay marcou história, pois aconteceu em condições perfeitas, num point break de direitas longas e muito manobráveis. De fato, essa era uma reivindicação antiga dos atletas, visto que a maioria das etapas do QS acontece em beach breaks.

Campeão “Em Casa”

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Photo: Laurent Masurel – WSL

Da mesma forma que a costa marroquina, as praias da região de Santa Cruz na Califórnia são repletas de points de direita. Inegavelmente o surfista que estiver habituado a surfar este tipo de ondas leva certa vantagem sobre os outros, e foi exatamente isso que ocorreu. O ex-top do CT Nat Young destruiu as ondas. Conectando grandes manobras com muita precisão, força e fluidez, Nat foi passando de fase de forma incontestável e mostrando que era um do nomes a serem batidos. Com a vitória sobre a surpresa peruana Alonso Correa, Young somou primordiais cinco mil pontos e largou com tudo na busca da sua vaga de volta à elite no ano que vem. Por sua vez, Alonso garantiu o melhor resultado de sua carreira até o momento, recebendo quatro mil pontos no ranking do QS.

Brasileiros Em Peso

Diferentemente do evento na China, este campeonato contou com a participação de onze surfistas brasileiros. Embora alguns tenham sido desclassificados logo nas primeiras fases, tivemos performances avassaladoras durante a competição. Certamente os destaques ficaram por conta do catarinense Willian Cardoso, que busca sua reclassificação para o CT do paulista Thiago Camarão, que acumulou somatórios excelentes em várias fases da competição, do também paulista Victor Bernardo e do capixaba Rafael Teixeira. Inclusive, suas derrotas nas oitavas de final foram todas por menos de meio ponto de diferença.

Pontos Importantes

Os quatro brasucas mencionados acima levaram 1.750 pontos para casa, o que pode ser muito importante no meio do ano, quando há atualização do “seeding” do QS, e por que não dizer ao final da temporada, não é mesmo?

Novos Nomes Vêm Surgindo

Assim como aconteceu na China, o evento do Marrocos trouxe novos nomes às finais. Primeiramente devemos destacar o sul-africano Shane Sykes e o francês Tristan Guilbaud, os quais pararam nas quartas-de-final. Ambos são ainda pouco conhecidos no meio do surf profissional e já mostraram que devem brigar por melhores posições no ranking do QS ainda este ano. Outro que chegou nas quartas e parece manter a pegada do ano passado foi o norte-americano Jake Marshall. Em 2019 ele brigou até o fim por uma vaga na elite em 2020 e parece estar mesmo focado em consegui-la ao final desta temporada. 

Conflito No Calendário

A saber, um fato a se lamentar foi o de termos dois eventos nível 5 mil pontos nas mesmas datas. Assim foi com o Pro Taghazout Bay e o Volcom Pipe Pro. O já tradicional evento realizado nas lendária onda havaiana vem ganhando mais importância a cada ano. Normalmente valendo apenas 3 mil pontos, ganhou um “upgrade” este ano e atraiu ainda mais nomes importantes do circuito. Uma pena que muitos deles tiveram que se dividir e escolher entre estar em Pipeline ou Marrocos. 

Volcom Pipe Pro

Este campeonato é alucinante. Sempre dá altas ondas e neste ano não foi diferente. Os tubos rolaram soltos na famosa bancada do “north shore” de Oahu. Competição repleta de surfistas locais, o Volcom Pipe Pro desta temporada teve um total de 144 participantes, sendo apenas 5 brasileiros. No entanto, não se deixe enganar, quantidade não é qualidade. 

Domínio Brasuca

Sim, você não leu errado. O índice de aproveitamento dos surfistas brasileiros foi algo inédito. Dos cinco, três estavam na final. Apenas Phillippe Chagas acabou sendo derrotado logo na sua estreia. O demais deram show!

Maior Somatório

Inegavelmente o carioca Jerônimo Vargas gosta muito de ondas tubulares e nós já sabemos disso. Mas se alguém ainda não tinha essa noção, isso ficou claro no terceiro round da competição. Jê pegou dois tubaços para o Backdoor, mostrando muita técnica e conhecimento assim como já havia feito quando venceu o QS de El Gringo no Chile em 2019.

Com notas 8.93 e 8.33, Vargas somou 17.26 num total de 20 possíveis e terminou o campeonato com o melhor somatório entre todos os competidores em todas as fases. Uma pena não ter encontrado boas ondas na quinta fase, onde acabou sendo eliminado numa bateria com notas baixas de todos os surfistas. 

Mix De Gerações Na Final

Em condições longe das ideais o dia final do evento teve início com três brasileiros na disputa. Porém, nem o mais otimista torcedor imaginaria uma final em Pipeline com os três juntos. Pois bem, foi o que aconteceu. Surfistas brasucas de três gerações diferentes, acompanhados de um havaiano, local, top do CT e um dos mais habilidosos naquelas ondas. O veterano de tour Wiggolly Dantas, que busca sua reclassificação para a elite, o ainda jovem, mas muito experiente e super-talentoso Yago Dora e o habilidoso e versátil João Chianca, o Chumbinho, acompanhados pelo local Seth Moniz, eleito o estreante do ano no CT de 2019.

Barba, Cabelo E Bigode

Nada há nada tão bom que não possa melhorar. Vencemos, fomos vice, também fomos terceiro. Deixamos o local na quarta colocação, assim coletamos os três maiores prêmios do campeonato. O grande vencedor foi Wiggolly, um dos brasileiros mais respeitados no Havaí. Amigo pessoal de uma das famílias mais casca-grossa do local, Guigui tem muitas horas de surf em Pipeline e dessa vez pode colher os frutos de sua dedicação e empenho nas pesadas ondas do pico. Certamente uma vitória muito merecida!

Mesmo que em uma final praticamente sem tubos, Dantas encontrou uma bela direita e a destruiu com três grandes manobras, logo no começo da bateria. Nota 8.00! Essa onda ditou o ritmo da final e também a escala de comparação dos juízes. A partir daí nenhuma outra onda ofereceu oportunidade similar aos competidores, os quais acabaram caçando notas pequenas e médias na busca pelo título.

Até Os Segundos Finais

Mas foi só nos dois últimos minutos que a coisa se definiu. Chumbinho quebrou uma direita menorzinha e arrancou uma nota 4.00 do painel, o que lhe garantiu a segunda colocação. Yago, nos últimos 10 segundos, pegou uma direita toda branca e a surfou de forma muito inteligente, super confortável com sua Mayhem nos pés e isso foi suficiente para fazê-lo sair da quarta para a terceira posição. Festa brasileira no Havaí, de novo! Nos últimos dois meses tivemos dois eventos em Pipe, e dos 6 finalistas de ambos campeonatos, 5 eram brasileiros (Medina e Ítalo no Pipe Masters e agora os 3 acima).

Ranking De Momento Do QS 2020

Após estas três etapas já temos um ranking consolidado no QS e logo teremos a próxima etapa 5 mil, na paradisíaca Fernando de Noronha.

Em primeiro lugar está o japonês Shun Murakami, que foi o único entre os vencedores a competir em mais de um evento até agora.

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