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HS Holy Grail: Analisando Pranchas

Holy Gray Hayden Shapes

HS Holy Grail: Analisando Pranchas

Novamente é a vez da Hayden Shapes em nossa série Analisando Pranchas, dessa vez com o modelo HS Holy Grail. Entenda a seguir por que essa prancha é uma máquina de manobras super versátil e rápida.

Como falamos aqui na análise da Hypto Krypto, as pranchas desenvolvidas pelo shaper australiano Hayden Cox são realmente diferenciadas. Além da questão da construção, da qual vamos falar melhor adiante, as pranchas da HS possuem designs muito peculiares. De fato esse é o caso também da Holy Grail.

Este modelo é na verdade considerado como uma step up da Hypto Krypto. Ela foi pensada e desenvolvida para um surf de alta performance, com características que se encaixam perfeitamente nas exigências dos surfistas mais exigentes. A ideia é que esta prancha surfe bem em variadas condições, mas que se destaque realmente nas partes mais críticas das ondas. Ela permite um surf ágil e moderno no pocket da onda, conectando boas manobras sem perder fluidez e velocidade.

Construção

Igualmente à Hypto Krypto, a construção Future Flex que esta prancha apresenta a dá a ela mais volume que as tradicionais pranchas em poliuretano. Isso cria uma sensação de que ela possui alguns litros a mais do que realmente tem. Além disso, a Future Flex proporciona uma sensação diferenciada de flexibilidade, visto que seu bloco de EPS sem longarina flexiona muito.

Esse excesso de flexibilidade é compensado por fitas de carbono nas bordas e no centro da prancha, as quais são responsáveis por criar uma espécie de “efeito estilingue”, onde a prancha armazena energia quando se flexiona e libera a energia quando se estende. Isso acontece porque a fibra de carbono, quando flexionada, tende a querer voltar para sua posição natural.

Outline E Bordas

Outline Holy Grail

 

O contorno da Holy Grail é bastante moderno. Ele começa com uma área de bico típica das pranchas de alta performance, entretanto seu ponto mais largo fica à frente do meio da prancha. Isso faz dela uma prancha com alto poder de remada, que acelera instantaneamente após o drop, pois conta com bastante volume escondido na região debaixo do peito do surfista. Mesmo assim, como dissemos anteriormente, sua área de bico não é larga demais, o que favorece o surf mais radical nas partes críticas das ondas.

Holy Grail bump rabeta

Seu outline segue bem equilibrado no meio da prancha, nem muito paralelo, nem muito curvilíneo. O que chama a atenção mesmo no contorno da Holy Grail aparece na altura das quilhas laterais. Ela apresenta uma quebra de linha, um bump bem marcado, que faz a área de rabeta diminuir e gera um ponto de rotação, ajudando a prancha a virar em espaços mais curtos e oferece excelente drive e tração.

Holy Grail rabeta

Além disso, seu desenho de rabeta, que mesmo com o bump ainda pode ser considerada uma rabeta larga, é uma espécie de Diamond/Squash. Uma mistura dos dois tipos de rabeta, a qual conta com seu ponto mais central mais avançado que suas pontas (ou esquinas). Isso faz com que ela realize trocas de direção de forma ainda mais ágil e em arcos mais fechados.

Concave

Holy Grail Concave

A Holy Grail começa com um vee bottom bem arredondado debaixo do bico. Isso faz com a água que passa debaixo da prancha acabe sendo desviada para os lados quando o bico é forçado para baixo na hora de entrar nas ondas. Isso faz com que a prancha flua melhor e tenha melhor velocidade de remada e entrada nas ondas.

Em seguida seu fundo muda para um single concave suave, que gera boa sustentação sob o pé da frente, facilitando a geração de velocidade e canalizando o fluxo d’água em direção à rabeta. Por fim, na região das quilhas e final da rabeta ela apresenta um double concave finalizando com um vee atrás da terceira quilha. Essa combinação a faz ser muito maleável e responsiva, facilitando muito as trocas de bordas como bem explica o especialista em pranchas Noel Salas. Confira no vídeo abaixo, em inglês.

Rocker

Holy Grail Rocker

O rocker de entrada da Holy Grail é médio, apesar de suas primeiras 12 polegadas do bico serem flat. Isso permite que a prancha se encaixe no pocket mais facilmente, isto é, sua curvatura acompanha as parte mais críticas das ondas. Certamente isso facilita as manobras de lip e as rasgadas nas partes mais íngremes das ondas, além de ajudar a prancha a não embicar em drops atrasados.

Na parte do meio da prancha, até mais ou menos a altura das quilhas laterais a curva de rocker é bem flat. Essa característica faz a Holy Grail performar de forma muito veloz e principalmente fluir super bem nas partes mais flat e sem força das ondas. É como se fosse o motor da prancha que a faz ter muita projeção e drive lateral, voando nas seções.

Por fim, seu rocker de saída é médio/alto, fazendo com que a Holy Grail tenha muita tração e realize curvas em pequenos espaços, se encaixando no pocket facilmente e virando de forma ágil e precisa. Por essas características ela é um modelo muito arisco e maleável.

Quilhas

quilhas Jordy Smith

Como de costume, devemos recomendar quilhas diferentes para tamanhos de ondas diferentes. Além disso, por ser uma prancha solta por si só, o ideal são quilhas que tenham um pouco mais de área e também mais alongadas, com mais rake. Sendo assim, para ondas de 1 a 3 pés prefira os modelos Kolohe Andino da FCS2 e F6 Legacy da Futures. Para ondas entre 4 a 5 pés, com mais área, recomendamos os modelos Carver Neo Glass da FCS2 e Jordy Smith da Futures.

Caso você prefira usá-la como uma quad, ou seja, com quatro quilhas, o que a deixará ainda mais veloz, indicamos os modelos Performer Quad da FCS2 e EA Quad da Futures. Neste caso tenha em mente que a prancha irá perder um pouco de pivô e drive no pé de trás, realizando curvas mais abertas do que se fosse uma triquilha. No entanto, como dissemos acima, ganhará em velocidade.

Sensações

A Holy Grail é uma prancha que pode ser usada por surfistas intermediários/avançados até os profissionais. Certamente ela oferecerá a oportunidade de o surfista pegar muitas ondas e desenvolver um surf com manobras de alto desempenho. Ela de fato fará com que o surfista que já usa a Hypto Krypto tenha uma experiência diferente, exigindo maior habilidade, mas mantendo a mesma fluidez e velocidade que a Hypto tem. Isso tudo em uma área de superfície reduzida no bico, bem como usando alguns contornos invertidos no final da rabeta, proporcionando curvas responsivas e soltas. Em suma, ela pode ser surfada em uma enorme gama de condições de ondas, desde aquelas mais flat até ondas mais íngremes.

Gostou desse foguete? Então encaminhe este artigo aos amigos que você acredita que deveriam conhecê-la também e boas ondas a todos!

 

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