fbpx

Al Merrick Twin Pin: Analisando Pranchas

Al Merrick Twin Pin: Analisando Pranchas –

Hoje em nossa série Analisando Pranchas vamos falar de mais uma novidade da Al Merrick que está causando furor no mundo do surf, a Twin Pin. Entenda por que ela já ganhou os corações dos surfistas mundo afora.

Esta linda e versátil biquilha de rabeta round pin é uma colaboração entre o shaper Britt Merrick e um dos surfistas mais elegantes do mundo, o sul-africano Mikey February. Assim como foi com a criação da FishBeard, que contou com a colaboração de Britt e Parker Coffin, a Twin Pin também traz o DNA de um grande surfista.

Merrick e February queriam criar uma prancha que tivesse todas as sensações divertidas das biquilhas, mas com a sustentação e a projeção suficientes para que o surfista praticamente nunca sinta falta da quilha central. Projetada como um modelo polivalente, a Channel Islands Twin Pin ajuda o surfista a fluir e manobrar em diversos tipos de onda entre dois e oito pés.

twin pinVocê pode até achar estranha esta combinação de biquilha com rabeta round pin. Normalmente estas pranchas contam com rabetas fish, aquelas swallow largas, mas fato é que a Twin Pin não é a primeira com estas características. Recentemente avaliamos uma prancha muito semelhante à ela, no caso a Bullet Twin da Stacy. Se você não leu esta analise, confira aqui, ela conta com a participação do surfista profissional Mickey Bernardoni.

Outline E Bordas

twin pinA Twin Pin apresenta um outline frontal característico de pranchas biquilhas mais alternativas. Apresenta área de bico mais larga e com mais volume, favorecendo o poder de remada e a entrada nas ondas. Suas linhas de borda seguem bem paralelas até mais ou menos 3/4 de sua extensão, quando aí seu outline começa a fechar. Isso faz com que sua linha de rabeta seja mais estreita e alongada, dando à ela mais segurança e drive. O final da rabeta fecha num round pin pronunciado, fazendo com que ela compense a falta da quilha central.

Suas bordas são médias na parte frontal e central, bem suaves e arredondadas, facilitando ainda mais nas curvas sem que a prancha entre de borda ou gere arrastos. Já no quarto final suas bordas ficam mais afiadas e baixas, o que é essencial para a realização das curvas em alta velocidade com controle  drive.

Concave

Diferentemente da maioria das pranchas modernas, a Twin Pin não conta com nenhum concave em seu fundo. Na verdade ela começa com um fundo flat no primeiro quarto e logo abaixo da base do pé da frente ela começa a apresentar um pouco de vee, o que é o contrário do concave (o centro da prancha, a longarina, é mais alta que as bordas). Esse vee segue ficando mais pronunciado à medida que avança em direção à rabeta, sendo bastante agressivo na parte final da prancha.

Isso faz com que a Twin Pin se comporte de maneira bastante segura e facilita com que o surfista deite a prancha nas bordas, favorecendo as trocas de direção de forma muito fluida. O fato de não haver concave pode até deixar a prancha um pouco mais lenta, entretanto as biquilhas já são super rápidas por natureza, portanto esse não é um fator negativo.

Rocker

Ela possui rocker estagiado, com a parte central reta, o que facilita a fluidez e a aceleração em partes flat das ondas. Seu rocker de entrada é médie, com curva suficiente no bico para evitar embicadas indesejadas e encaixá-la nas partes mais íngremes das ondas. Por fim, sua curva de rocker de rabeta é média, fazendo dela uma prancha bem equilibrada, combinando velocidade e responsividade, mantendo bom controle e manobrabilidade.

Quilhas

Assim como fez com a CI Keel quando lançou a FishBeard, Britt Merrick desenvolveu um modelo de quilhas em conjunto com a Twin Pin. É claro que você pode usar qualquer tipo de quilhas grandes (especiais para biquilhas) nesta prancha. Para ondas do dia a dia, mais curtas e com pouco espaço, prefira quilhões mais retos e altos como a AMT. Já para aqueles dias maiores e mais poderosos, prefira as quilhas tipo keel, que darão mais velocidade e drive, a CI Keel.

Entretanto, o ideal mesmo é que você tenha o modelo desenvolvido especialmente para a Twin Pin, Britt Merrick Twin Fin. Este modelo fica exatamente entre os modelos mencionados acima e tem a perfeita combinação de drive, segurança e soltura que esta prancha necessita.

Sensações

A Twin Pin foi pensada para os amantes da triquilhas poderem surfar com uma biquilha sem sentirem falta da quilha central. Para surfarem com uma biquilha praticamente da mesma forma que surfam com suas pranchas tradicionais do dia a dia.

Ela pode ser pilotada usando o pé de trás, da mesma forma que as triquilhas. Ela é capaz de gerar bastante pivô nas cavadas, realizar curvas de arcos curtos e fechados e manobras em partes críticas, ao contrário da maioria das biquilhas que traça curvas mais longas e abertas longe do pocket das ondas. Ainda assim, a Twin Pin mantém aquelas sensações de liberdade das biquilhas, como a velocidade, a fluidez e a sustentação por cima d’água.

Se você tem vontade de ter uma biquilha em seu quiver, a Twin Pin é a pedida ideal. Ela irá acrescentar muita diversão e trazer sensações inéditas para o seu surf. Experimente sem medo, você não irá se arrepender.


 

Deixe uma resposta